A verdadeira face do fins intermitentes

Este sou eu. Este é meu bairro. Esta é minha rua. E esta é a minha vida. Sei que decerto poderia não haver nada de interessante nela, afinal, como milhares de brasileiros natos, de cabelos pretos encaracolados, sorrio em falso à miséria que me é exposta. O começo muitos já ouviram em algum lugar, não soa estranho, mesmo por fazer parte de um conteúdo hermético e danificado. Se dentro surge um cicio, uma carícia em ondas sobre a movimentação do ar, é meu grito contido que está prestes a se romper. Mas ninguém conta assim. Tudo começa do começo. Dado que nasci em doze de novembro de mil novescentos e oitenta e três, sigo as tendências de um escorpião e de um javali, por mais que seja eu não-místico, e completamente fascinado pelo misticismo. A minha questão sempre foi imaginar como dois bichos tão ferozes, pudessem simbolizar o que de fato sou; eu, tão sensível, representado por duas ameaças. Minha história começa aqui, ainda que eu me negue a contar exatamente com precisão milimétrica, cada detalhe...e essa é a verdadeira face do fins intermitentes.
1 Comments:
"A face do destruidor"
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